terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Brincar é a ordem na infância!!! Planejando ambientes:

O Link a seguir, trás um vídeo muito leal que fala sobre o quanto a criança se desenvolve brincando, que cada criança é um cientista:

https://www.facebook.com/video.php?v=805715369502416

Reflito neste vídeo, especialmente porque neste começo de ano, nós educadores preparamos e planejamos um ano cheio de oportunidades de aprendizagem para nossos pequenos, de maneira a organizar os espaços na creche, ou na escola, pois esse planejamento, é também a organização dos ambientes para as crianças: um canto para a descoberta das histórias, uma área para a exploração de tintas, das texturas, cores e cheiros, um cantinho para o faz de conta, onde a descoberta dos papéis sociais valem mais do que uma aula.
Segundo Vera Meli, é por meio da descoberta que se contempla a experiência, da observação e exploração de seu ambiente, que a criança constrói seu conhecimento, modifica situações, refaz seu modo de pensar, interpreta e busca soluções para fatos novos o que favorece e muito, o desenvolvimento intelectual da criança, principalmente na fase pré-escolar. Tanto a verbalização como as interações que se estabelecem entre as pessoas contribuem para a apropriação da linguagem pelas crianças.


              "A infância é um outro: aquilo que, sempre além de qualquer tentativa de
captura, inquieta a segurança de nossos saberes, questiona o poder de 
nossas práticas e abre um vazio em que se abisma o edifício bem 
construído de nossas instituições de acolhimento. Pensar a infância como 
um outro é, justamente, pensar essa inquietação, esse questionamento
 e esse vazio." (Jorge Larrosa).

sábado, 17 de janeiro de 2015

Falando um pouco sobre inclusão:

Gosto muito de assuntos sobre inclusão, revendo o meu tcc da graduação e algumas vivências anteriores, discorro esse breve texto, deixando a questionarmos sobre nossas atitudes frente a um trabalho desafiador! Infelizmente hoje trabalho muito pouco com a inclusão, por isso o texto fica sendo mais reflexivo e teórico. 
A educação inclusiva tem como principal desafio desenvolver uma pedagogia centrada na criança, capaz de educar a todas elas, inclusive as que possuem necessidades mais severas (MANTOAN, 2006). Essa ideia surgiu porque o sistema educacional propunha que a criança é quem deveria se adequar com a escola, processo chamado de integração. Dessa forma, as crianças indisciplinadas, com defasagem de aprendizado ou os deficientes físicos e mentais ficavam sempre à margem da aprendizagem e da socialização.

Políticas públicas voltadas a temática são fundamentais para auxiliar um efetivo processo de inclusão. Quando a Constituição Federal (1988) defende a igualdade de condições de acesso e permanência na escola, e também a Lei de Diretrizes e Bases, Lei 9.394/1996 garantindo serviços de apoio especializado, com métodos e técnicas para atender às necessidades dos alunos deficientes. Mas mesmo com todos esses direitos, na prática, o processo de integração deixava os alunos deficientes, quase sempre, separado das outras crianças junto com os alunos indisciplinados e os que possuíam defasagem do aprendizado.
O processo de integração é diferente do processo de inclusão. Nós que trabalhamos em um espaço educacional, não podemos regredir e viver a integração falando ser uma inclusão, já que não é o aluno quem tem que se adaptar a escola, pois assim, sempre teremos os excluídos, aqueles que não conseguem, aquele que vive a margem do conceito de determinada escola.
O sistema educacional precisa mudar e essa mudança deve partir também da escola e da visão de educação. Como diz Morin (2001 p.99) “chegamos a um impasse: para reformar a instituição, temos de reformar as mentes, mas não há como reformar as mentes sem uma prévia reforma das instituições”.
Precisamos de uma nova concepção de educação na qual se tenha a intenção de incluir todas as crianças. É urgente que os planos sejam para uma educação voltada para a cidadania global, plena, livre de preconceitos, que reconheça e valorize as diferenças. Muito se tem a pensar, sobre as crianças no ensino fundamental que se quer não consta nenhum tipo de deficiência e não estudam, não gostam, não se alfabetizam. Ao meu ver, eles também precisam urgente sair dessa integração, dessa exclusão, e desse destino de viverem a margem das demais crianças.

Tapete sensorial

Bom dia pessoal... Ando inspirada nesse começo de ano, pois organizar espaços e criar novas possibilidades para a criançada me trás um ar de novidades, descobertas, superações e criatividades!
Na tarde de ontem montei um rápido tapete sensorial, acho que a turminha vai gostar. Usei lixa, papel celofane (faz um pouco de barulho), penas coloridas e alguns grãos como milho, feijão e sementes de girassol. Tudo eu colei com cola quente, a imagem abaixo mostra que nos grãos, joguei por cima bastante cola branca e ainda não estava seca, por isso ficou branco. Fiz assim para evitar que os grãos se desgrudem com facilidade.

Trabalhar o sensorial da criança abre espaço para situações imprevistas, com possibilidades de manipulação, sensações diferentes ao pisar ou ao engatinhar, estimulando outros sentidos como o tátil, o sonoro, o visual, trazendo junto a essas descobertas para a criança as emoções que elas provocam. Bom divertimento!!!



quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Adaptação e o choro

Eu roubo as horas para lhes dar tempo. Tempo de
aprender a usar o tempo. Quem tem hora não tem
tempo: tempo de olhar o tempo. Será que vai
chover? Será que as flores já abriram? Como será o
arco-íris? Qual a cor dos olhos dos meus amados?
Temos tempo para isso? Não! Isso ocupa muitas
horas. E tocamos nossas vidas, olhando os relógios
que marcam as horas de nossas vidas, e
esquecemos de marcar nossas vidas no tempo!
(MUNDURUKU, 2007, p. 25).

Considerar a dimensão da infância é pensar na nossa relação com o tempo e com o que somos, levando-nos a refletir nossas práticas cotidianas. A noção de infância presente no nosso discurso diz muito da nossa prática, pensar outras infâncias é pensar outras temporalidades. A infância não lida bem com a cronologia, já diz Kohan (2004), devemos buscar não uma relação cronológica, mas sim uma relação mais brincante com o mundo, especialmente na infância.
À medida que vamos conhecendo as crianças, vamos conseguindo lidar com a temporalidade de cada uma, buscando experienciar a cada dia situações diferentes com elas. Cada coisa, á seu tempo!

Falando em início de semestre e em chegada de novas crianças, falamos em adaptação, em conhecer, em novidade, em medos, em inseguranças, em choros... E até em tudo isso há o seu tempo!
"Você não tem motivo pra chorar - Qual o motivo de você estar chorando?" -Há sim, há diversos olhares para o choro da criança, também muito se vive em uma adaptação de escola nova, onde há espaço novo e adultos desconhecidos. Mas isso é uma fase a se superar!
Quando a criança chora é porque ela sente alguma coisa e não consegue nomear aquilo, então o choro é uma forma de chamar atenção. 


Vigotski (2008) faz uma afirmação interessante: 
a atividade da consciência pode seguir rumos diferentes; pode
explicar apenas alguns aspectos de um pensamento ou de um
ato. Acabei de dar um nó – fiz isso conscientemente, mas não
sei explicar como o fiz, porque minha consciência estava
concentrada mais no nó do que nos meus próprios movimentos,
o como de minha ação. Quando este último torna-se objeto de
minha consciência, já terei me tornado plenamente consciente.
Utilizamos a palavra consciência para indicar a percepção da
atividade da mente – a consciência de estar consciente.

Destaco então, a necessidade de ver o contexto em que a criança esta passando, afinal, ver o contexto significa ver para além daquilo que o choro traz ou observar fatores que ocorrem em função daquela cena. Gosto muito de voltar o meu olhar a criança, para que desta forma, podemos auxiliá-la melhor, compreende-la melhor, e trabalhar suas necessidades de maneira plena. Como estamos falando sobre a adaptação de crianças na creche, em primeiro lugar, me coloco no lugar da criança, percebo a ausência de sua família e a insegurança que isso á remete, penso que a criança ainda não conhece o local em que se inseriu e nem os adultos que se comunica com ela, piora ainda quando a criança não fala e não compreende o que sente, como disse o texto de Vigotski acima.

Por fim, nós professoras consciente desse momento, que não dura um tempo cronológico, mas sim um tempo temporal especifico para cada criança, devemos proporcionar ambientes legais, novos, curiosos, convidativo para a criança querer mexer, descobrir, brincar e se entregar, reconhecendo-se parte daquele ambiente. Podemos também oferecer nosso afeto, nosso carinho, em um colo, em uma música cantada, tocada, em uma brincadeira divertida, em um olhar, deixando a criança conhecer o adulto e professor incrível que és, onde ela possa buscar segurança em você, pois a criança irá perceber que você é a peça chave para um ano inteiro de novos aprendizados e descobertas. 





Plantações na Educação Infantil

A Turma do Batuque - 2014 vivenciou durante um semestre o Projeto: Conhecendo a Natureza. Esse projeto começou graças ao interesse que as crianças demonstravam por animais e plantas, vimos isso nas histórias, nas músicas, no parque e nos espaços abertos da creche. Aproveitamos esse interesse delas, para criarmos o projeto, embasamo-nos no RCNEI (2010) dizendo que  é imprescindível trabalhar a natureza e sociedade na Educação Infantil, uma vez que auxiliam na construção de uma visão de mundo integrada e relacional.
Plantamos mudas para enfeitar nosso parque de areia, cuidamos delas e criamos o Cuca-verde com feijões, tendo a continuidade do trabalho em casa, onde eles regam e "aparam seus cabelos". Segue o modo de criar o Cuca-verde, porém esse não são feijões;



Presente divertido para criança pequena

No final do ano passado, junto a um projeto "Conhecendo a natureza", nós professoras e crianças de 2 anos, confeccionamos um fantoche de borboletas. Foi muito divertido, as crianças curtiram cada etapa e o legal também, que dá para criar com o animal que quiserem: Abelha, elefante, etc... Vou passar para vocês:
Cada criança precisa de uma meia para pintar com tinta de tecido, normalmente usamos muitas cores, as crianças geralmente gostam muito de pintar e se divertir com tinta.
Em seguida, nós cortamos em E.V.A  o formato da asa da borboleta para as crianças pintarem com cola colorida, sendo também muito colorido e diferente da tinta de tecido.
Após eles terem confeccionado a meia e a asa da borboleta, nós adultos com cola quente, colamos a asa e os olhos feitos também de E.V.A na meia. De maneira simples, criamos vários fantoches, do qual contamos histórias, trabalhamos no projeto e entregamos para as crianças levarem para casa de presente. Foi muito show!



Um breve começo.

Esse blog tem por objetivo registrar alguns trabalhos e ideias que aconteceram durante a minha jornada na educação. Muito se tem a acrescentar e a aprender, a área da educação nunca está pronta, é atualizada diariamente pelos nossos queridos alunos. Penso como Cecília Sfalsin: A vida é um eterno aprendizado.

Logo de início, compartilho aqui no blog algumas vivências para a idade de 2 anos, pois sou professora da creche em Campinas e atuo com o maternal.


Bem vindo a todos!!!